Golf VII: o nacional pode ser este

25/02/2011 09:38


 

E com ele vem uma inédita superplataforma. É o fim do atraso em relação à Europa

 

João Kleber Amaral

Evolução sem revolução: geração VII manterá a personalidade do Golf, mas com traços mais retilíneos

 

O Golf nacional vai pular direto da quarta geração para a sétima, ao que tudo indica. Esse é o desejo de executivos da marca no Brasil e na Alemanha. Segundo uma fonte, "resta ver se a conta fecha". Leia-se: se o carro poderá ser produzido no Paraná, aliando preço competitivo e boa margem de lucro. A decisão deve ser sacramentada até maio. Se a conta não fechar, a opção será trazer da Alemanha todo o ferramental da atual geração do modelo alemão – a sexta. 

 

Seja qual for a escolha, o Golf só mudará em 2012. Optar pela sétima geração vai sair mais caro num primeiro momento, mas depois ela tende a se pagar mais fácil. Explicamos: o Golf VII terá a nova arquitetura MQB, a ser utilizada por diversos modelos da VW no mundo (veja quadro na página ao lado). Isso diminuirá (e muito) os custos de produção. Ou seja, o novo Golf estrearia por aqui uma base que será usada nos próximos Gol, Voyage, Fox e até Passat – que não será feito por aqui, mas tecnicamente poderia. 

 

O primeiro flagra do modelo na Europa revelou uma "mula" com a carroceria do VI e caixas de roda alargadas. Apesar de o protótipo não dar nenhuma pista sobre o design, a VW ajudou a desvendar seu próprio segredo. Uma imagem do carro no centro de design, ainda em clay (maquete em argila e plástico), apareceu em um vídeo de divulgação. O visual manterá a identidade Golf, com a coluna traseira larga. Será mais uma evolução do que uma revolução, como mostram nossas projeções. Os faróis terão cantos mais vivos, assim como as linhas das janelas. As lanternas permanecerão horizontais.

 

 

João Kleber Amaral

 

Lanternas permanecerão horizontais, com quinas mais definidas

 

 

A matriz garante que a construção será mais refinada do que nunca, e o carro usará materiais mais leves para ganhar em economia de combustível e performance. Na Europa, são esperadas uma versão híbrida e o uso de uma nova geração do câmbio DSG de dupla embreagem, agora com sete marchas (contra seis da atual). Por aqui, o motor 1.6 atual deverá passar novamente por mudanças até 2012, mas o 2.0 estará mais do que na hora de ganhar aposentadoria. 

 

 

A escolha do Golf VII será a chance de a VW brasileira provar de vez se ficará em sintonia com a Europa. Se a opção recair sobre fazer o Golf VI quando ele sair de linha na Europa, será um avanço bem menor, e de certa forma frustrante. Afinal, a concorrência vem ousando, com carros alinhados ao que de melhor existe no mundo – vide Ford Focus, Hyundai i30 e, em breve, Peugeot 308.

 

 

FONTE:https://revistaautoesporte.globo.com